

O Nuno sabia que a maratona de Roterdão seria o grande teste. O objetivo era claro: completar a prova abaixo das 2h30, um desafio exigente, mas possível, para quem tem o coração e a alma focados no que quer alcançar. Durante semanas, ele treinou imerso em condições difíceis, chuva, frio, vento… nada disso o fez parar. Cada quilómetro, cada treino, era uma superação. A persistência não era só uma questão de corpo, mas de mentalidade. Quando o clima parecia um inimigo imbatível, o Nuno não só o enfrentava, como se tornava mais forte com ele. A cada obstáculo, a cada dia de treino difícil, ele se aproximava da linha de partida com a certeza de que estava preparado para o que viesse.
Aos quase 50 anos, Nuno decidiu transformar essa jornada num exemplo de motivação. Criou uma série de vlogs no Instagram onde partilhou cada etapa da preparação, e deu-lhe um nome que espelha bem o espírito do desafio: O impossível pode acontecer. Através desses vídeos, mostrou não só os treinos duros, mas também os momentos de dúvida, de superação e de conquista, uma verdadeira inspiração para quem o acompanha.
Quando finalmente chegou a Roterdão, a emoção tomou conta. No meio da pressão e da adrenalina, o Nuno olhou para o lado e viu a sua filha à espera. Ali, no meio da multidão, tudo parecia fazer sentido. O que quer que acontecesse a seguir, ele sabia que teria o apoio dela, aquele abraço de conforto que só uma filha pode dar.
Infelizmente, a largada não foi ideal. Um mau posicionamento fez com que tivesse que ultrapassar muita gente no início, o que, em maratonas desse nível, é um verdadeiro desafio. Quando se corre em busca de um tempo tão exigente, cada segundo conta. O Nuno, com a sua força e garra, não desistiu. Continuou, focado, tentando equilibrar o que era possível, mas quando se trata de maratonas e de tempos tão apertados, tudo tem de estar alinhado – desde a largada até a última passada.
No final, ele não conseguiu alcançar a tão sonhada marca das 2h30. Mas, em vez de se sentir derrotado, ele fechou a prova em 2h35, conquistando o terceiro lugar no seu escalão. Aquela medalha, que brilhava como um símbolo da sua luta, foi o reconhecimento de todo o esforço. E, naquele momento, o que mais importava era o abraço de conforto da sua filha, que sempre esteve ao seu lado, não só na linha de chegada, mas em cada treino, em cada dia de chuva e frio.
O Nuno não alcançou o objetivo inicial, mas conquistou algo muito maior: a certeza de que, independentemente do que aconteça, ele sempre dará o seu melhor. Porque a verdadeira superação não está apenas em alcançar a meta, mas em saber que fizemos tudo o que podíamos para chegar até ali, e que, no fim, o apoio e o amor de quem está ao nosso lado fazem toda a diferença.
Quem quiser acompanhar de perto a rotina de treinos do Nuno e conhecer mais detalhes sobre a sua experiência na maratona de Roterdão, pode seguir o seu Instagram, onde partilha o seu dia a dia, os desafios da sua jornada e todos os episódios de O impossível pode acontecer.

